terça-feira, 24 de novembro de 2009
VEM AÍ "O BARÃO DE MÜNCHHAUSEN"!!!!!!!!!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
ENTRE A FÁBULA E A NOVELA PÍCARA
Pícaro, na história da literatura, é uma personagem-tipo dos romances e novelas dos séculos XVII e XVIII, surgidos na Espanha, com características daquilo que hoje chama-se malandragem.
O pícaro vivia de expedientes, transitando entre as várias classes sociais, das quais tirava seu sustento, enganando por ardis. Noutras, adquire também o papel de bufão.
Embora este tipo de personagem esteja presente em algumas obras da Antiguidade, como o Satiricon, de Petrônio, foi a partir da obra Lazarillo de Tormes, publicado na Antuérpia e na Espanha em 1554, que surge, sendo considerado o primeiro personagem com estas características hipócritas.
De Sancho Pança, de Miguel de Cervantes, ao Tartufo, de Molière, passando pelo Cândido, de Voltaire, inúmeros personagens retratam a figura típica e caricatural do pícaro.
O pícaro é qualificado como uma personagem de condição social humilde, sem ocupação certa, vivendo de expedientes, a maioria dos quais escuso.
O pícaro – anti-herói por excelência - possui uma filosofia de vida assaz particular: é materialista, primitivo, desleal, manifestando inclinação para a fraude e a vadiagem. Estébanez Calderón (2006, p.838), o principal guia na confecção deste verbete, traça do pícaro o seguinte retrato: abandonado por seus genitores, que, de ordinário, são de baixíssima estirpe, o pícaro fica entregue à sua própria sorte, o que o obriga a se valer de meios desonestos, como pequenos roubos, para sobreviver. Não é incomum ele se entregar à mendicância e servir a vários patrões, dos quais, também, recebe lições daquilo de que não se deve fazer para ganhar a vida. Entre os móveis de sua conduta, estão a fome, a miséria e a vontade de ascensão social, para o que, por sinal, submete-se a condições, às vezes, imorais e o seu tanto degradantes.
A SIMBOLOGIA DOS ANIMAIS
Canguru: Proteção maternal, coragem para seguir em frente nas fraquezas.
Cavalo - poder, responsabilidade equilibrada, compaixão, o carinho, o ensinamento, o amor, o compartilhar dos talentos e das habilidades.
Jaguar: A busca em águas da consciência, mensageiro, interação mente e alma.
Javali: Comunicação entre pares, expressividade, inteligência.
Pinguim: Viver em comunidade, fidelidade, lealdade nos romances.
Pombo: No cristianismo simboliza o Espírito Santo, paz, comunicação, mensagem.
Touro: fertilidade, sexualidade, poder, liderança, proteção, potencia.
Veado - gentileza, amorosidade
UM HERÓI MAU CARÁTER?
Este outro, traduzido do francês, é uma seleção da autora de 13 episódios do "Roman de Renart", que é um conjunto de narrativas medievais, que circulou na França entre os séculos XII e XIII, muito populares, geralmente contadas em praças, castelos. É uma obra anônima e pertencente à tradição oral. Mas há nela também uma grande violência e brutalidade, que à primeira vista pode espantar, mas que caracteriza bem essas histórias de animais, tão famosas na Idade Média.
São os animais os personagens destas histórias, portanto estamos no território da fábula. Os animais são nosso velhos conhecidos: o raposo, o lobo, o gato, o urso, o galo, o leão... E neles podemos encontrar comportamentos muito parecidos com os dos homens. As características que acabaram ficando como principais de cada um desses animais, tem muito a ver com esse ciclo de histórias.
Algumas imagens antigas para o "Romance da Raposa" (imagens de mais ou menos 1300)
(Jacquemart Gielée: ''Renart le nouvel'' Handschrift, um 1290/1300 BNF, Paris, Ms fr. 1581f. 6v {{PD-Old}} )
domingo, 22 de novembro de 2009
O encontro sobre Robin Hood
Algumas fotos do encontro:
Novamente o tempo foi curto para tantos pontos a serem discutidos; o pessoal é muito interessado, culto, descontraído, além de organizado!
Procuramos seguir um roteiro para as discussões de cada obra:
- Situar historicamente;
- Comentar aspectos físicos do objeto livro;
- Fazer uma sinopse do livro;
- Comentar fatores da narrativa;
- Apontar diferenças, trazer releituras;
- Fazer depoimento pessoal: impacto, coisas desconhecidas até então, etc.
O preconceito, a injustiça, o desapego à matéria, ficam muito claros nessa obra; quem ainda não leu, eu recomendo.
Nosso próximo encontro será na próxima terça feira, dia 24 de novembro, das 15h às 17h.
A obra que estamos lendo e discutiremos é Raineke-Raposo, de Goethe, recontado por Tatiana Belinky e Ilustrado por Odilon
Moraes, da Editora Companhia das Letrinhas.
Espero que a discussão seja tão empolgante quanto à da semana passada.
Até terça-feira e um beijo no coração de cada um de vocês!
Muita Paz e muita Luz para todos.
Judith Riboni.