terça-feira, 24 de novembro de 2009

VEM AÍ "O BARÃO DE MÜNCHHAUSEN"!!!!!!!!!

Não percam nosso próximo encontro: 08 de dezembro de 2009!!!!!!!!!!!


Ainda dá tempo de ler "AVENTURAS DO BARÃO DE MÜNCHHAUSEN" e se divertir com as loucuras que esse sujeito apronta! Imperdível!


A edição principal que vamos examinar é esta (por ser a melhor que existe no mercado!).


BURGER, G. A. Avenuturas do Barão de Münchhausen. Trad. Moacir Werneck de Castro. Ilustrações de Gustave Doré. Belo Horizonte, Vila Rica, 1990 (Grandes obras da cultura universal, v. 15).


Confira a capa!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ENTRE A FÁBULA E A NOVELA PÍCARA

Crédito da imagem: Beham, (Hans) Sebald (1500-1550): Die Dame und der Narr/The Lady and the Fool.

As histórias do ciclo "ROMAN DE RENART", que circularam na Idade Média, entre os séculos XII e XIII herdaram características das fábulas e de algum modo contribuiram para a caracterização da novela picaresca.

Pícaro, na história da literatura, é uma personagem-tipo dos romances e novelas dos séculos XVII e XVIII, surgidos na Espanha, com características daquilo que hoje chama-se malandragem.
O pícaro vivia de expedientes, transitando entre as várias classes sociais, das quais tirava seu sustento, enganando por ardis. Noutras, adquire também o papel de bufão.

Embora este tipo de personagem esteja presente em algumas obras da Antiguidade, como o Satiricon, de Petrônio, foi a partir da obra Lazarillo de Tormes, publicado na Antuérpia e na Espanha em 1554, que surge, sendo considerado o primeiro personagem com estas características hipócritas.
De Sancho Pança, de Miguel de Cervantes, ao Tartufo, de Molière, passando pelo Cândido, de Voltaire, inúmeros personagens retratam a figura típica e caricatural do pícaro.

O pícaro é qualificado como uma personagem de condição social humilde, sem ocupação certa, vivendo de expedientes, a maioria dos quais escuso.

O pícaro – anti-herói por excelência - possui uma filosofia de vida assaz particular: é materialista, primitivo, desleal, manifestando inclinação para a fraude e a vadiagem. Estébanez Calderón (2006, p.838), o principal guia na confecção deste verbete, traça do pícaro o seguinte retrato: abandonado por seus genitores, que, de ordinário, são de baixíssima estirpe, o pícaro fica entregue à sua própria sorte, o que o obriga a se valer de meios desonestos, como pequenos roubos, para sobreviver. Não é incomum ele se entregar à mendicância e servir a vários patrões, dos quais, também, recebe lições daquilo de que não se deve fazer para ganhar a vida. Entre os móveis de sua conduta, estão a fome, a miséria e a vontade de ascensão social, para o que, por sinal, submete-se a condições, às vezes, imorais e o seu tanto degradantes.

A SIMBOLOGIA DOS ANIMAIS


A simbologia animal está presente em todas as linhas de ocultismo, na alquimia, nas cartas de tarô, nas runas, no I Ching, etc.Cada animal traz seus talentos, ou uma essência espiritual, e através disso, cada um com sua própria medicina, trasmitem-nos a sua sabedoria.


Abelha: Comunicação, trabalho árduo com harmonia, néctar da vida, organização.


Aguia - Iluminação, a visão interior, invocada para podêres xamânicos, coragem, elevação do espírito a grandes alturas. A águia representa o poder do “Grande Espírito”, a conexão com o divino.


Alce - Energia e físico; seus chifres apontam para o Sol; o alce supera a si próprio; auto-estima e amor próprio.


Antílope - o conhecimento da ação, consciência da mortalidade e do tempo de vida e ensina a agir de acordo.


Aranha - Criatividade, a teia da vida, manifestação da magia de tecer nossos sonhos, o poder de criar.


Baleia- Registros da Mãe Terra, sons que equilibram o corpo emocional, origens, guardiã dos fatos.


Beija-flor - Mensageiro da cura, amor romântico, claridade, graça, sorte, suavidade, divertimento; despreza a raiva e a tristeza, e voa longe da discórdia e da desarmonia.


Borboleta - Auto-transformação, clareza mental, novas etapas, liberdade.


Búfalo- Sabedoria ancestral, esperança, espiritualidade, preces, paz, tolerância.


Cavalo - Poder interior, liberdade de espírito, viagem xamânica, força ,clarividência.


Cabra e Cabrito: Determinação para ir ao topo, nutrição, brincadeiras.


Cachorro - Lealdade, habilidade para amar incondicionalmente, estar a serviço.


Camelo: Conservação, resistência, tolerância.


Canguru: Proteção maternal, coragem para seguir em frente nas fraquezas.


Castor - construtor, forte senso de lar e de família, sabe deixar alternativas.


Cavalo - poder, responsabilidade equilibrada, compaixão, o carinho, o ensinamento, o amor, o compartilhar dos talentos e das habilidades.


Cisne - graça, habilidade de ver o futuro, aceitar as transformações.


Cobra - Transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade.


Coelho - medroso, são tão temerosas de tragédias, doenças, desastres que acabam atraindo tudo para elas. o que você resiste, persistirá; o que você tem mais medo é o que você se tornará


Coiote - Malícia, artifício, adaptabilidade, humor, grande enganador, ardiloso


Condor: Idem a águia, é um dos filhos do Sol no Peru, representa o Mundo Superior.


Corvo - magia, misticismo, o guardião da magia, a procura de respostas, o vazio.


Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga, a clarividência.


Doninha - tem uma inacreditável energia e ingenuidade, tem também uma grande audição e visão, precisão.


Elefante - Longevidade, inteligência, memória ancestral, proteção, auto-suficiencia.


Esquilo - colheita, colher e estocar a energia, a reserva.


Esturjão: Determinação, sexualidade, consistência, profundidade, ensinamento.


Falcão - Precisão, preces ao Universo, mensageiro do Céu, olhar em volta, observar a distância.


Formiga - Paciência, construtora, agressiva, forte, detalhista e viajante.


Gaivota: Voar através da vida com calma e esforço para alcançar objetivos.


Galo - símbolo do nascimento e do renascimento, o túnel do retorno eterno.


Gambá - Campo de proteção, reputação, repelir quem não o respeita, respeito. O gambá mexe com o senso de integridade de cada um, diversificação.


Gato - Entendimento sobre mistérios, sensualidade, limpeza, visões místicas, independência.


Girafa : Intuição, previsão, força, flexibilidade.


Golfinho - Pureza, iluminação do ser, sabedoria, paz, amor, harmonia, comunicação.


Gorila: Sabedoria, inteligência, adaptabilidade, guardião da terra, habilidade.


Guaxinim: Bom humor, limpeza, sobrevivência, tenacidade, inteligência, folia.


Hipopótamo: Desenvolvimento psíquico, intuição, ligação água-terra, aterramento.

Jacaré: Instinto de sobrevivência, o inconsciente profundo, o caos que precede a criação.


Jaguar: A busca em águas da consciência, mensageiro, interação mente e alma.


Javali: Comunicação entre pares, expressividade, inteligência.


Lagarto - Sonho, poder de perceber o que está à sua volta (a sombra representa os temores, as vontades, ou as coisas que se tem resistência).


Libélula - ilusão, a aparência falsa que se percebe na realidade física.


Leão - Poder, força, majestade, prosperidade, nobreza, liderança, coragem, segurança.


Leopardo: Conhecimento do subconsciente, compreender aspectos sombrios, rapidez.


Lince - conhecedor dos segredo do sonho e da magia, mas nunca dirá; o poder do silêncio.


Lobo - Amor, relacionamentos saudáveis, fidelidade, generosidade, ensinamento, professor.


Lontra - Tão brincalhona! A cura da mulher, o sonho realizado; é a energia feminina que existe em todos os seres humanos.


Macaco: Inteligência, bom humor, alegria, agilidade, perícia, irreverência, amizade.

Minhoca: Regeneração, resistência, auto-cura, transformação.


Morcego - Renascimento, iniciação, reencarnação, habilidades mágicas.


Onça - Espreita, proteção do espaço, silêncio, observação, precisão.


Pantera - Mistério, sensualidade, sexualidade, beleza, sedução, força, flexibilidade.


Pato - Desenvolvimento de energia maternal, fidelidade, nutrição energética.

Peru - doação, se sacrifica para que os outros vivam.


Pica-pau - Regeneração, limpeza, comunicação, proteção, unido aos Espíritos do trovão.


Pinguim: Viver em comunidade, fidelidade, lealdade nos romances.


Pombo: No cristianismo simboliza o Espírito Santo, paz, comunicação, mensagem.


Puma - O poder de ajuda que um lider tem; coragem, prudência, sabedoria.


Porco Espinho - simboliza a inocência e a humanidade da criança.


Raposa - camuflagem, dá proteção e segurança para a sua família, adaptabilidade, esperteza, observação, integração, velocidade de pensamento e ação e rapidez nas decisões.


Rato- detalhista, elevado senso de perigo, Vê dificuldade em tudo, metódico: separam, catalogam e guardam para depois usar.


Salmão: Força, perseverança, nadar contra a maré, determinação, coragem.


Sapo - Evolução, limpeza, transformação, mistério, humor, emoções, clareza; ensina a orgulhar-se das lágrimas, pois elas limpam a alma.


Serpente - Transmutação; transformações, sejam elas mental, física, espiritual ou emocional. O poder da cobra é o poder da criação; por ela entendemos sexualidade, energia física, alquimia, reprodução, ascensão e mortalidade.


Tartaruga - Estabilidade, organização, longevidade, honra, paciência, sabedoria, personificação da energia de Deus e da Mãe-Terra.


Tatu - limite da área, estar sempre alerta.


Texugo - Agressividade, fúria, rapidez, lutar pelo que se quer.


Tigre: Aproximação lenta, preparação cuidadosa, aproveitar oportunidades.


Touro: fertilidade, sexualidade, poder, liderança, proteção, potencia.


Urso - Poder de introspecção, intuição, cura, consciência, ensinamentos, curiosidade.


Vaga-lume: Iluminação, entendimento, força de vida, luz e escuridão, maravilhas.


Veado - gentileza, amorosidade

UM HERÓI MAU CARÁTER?

Diz a sinopse do livro Raineke-Raposo, de Johann Wolfgang von Goethe, publicado no Brasil pela Cia das Letrinhas:
"Raineke Raposo é mentiroso, falso, hipócrita, matreiro, ladrão e zombeteiro. Sua inteligência está sempre ocupada em causar danos aos outros. Mesmo assim consegue exercer um encanto sobre a imaginação de adultos e crianças, a ponto de nos fazer torcer por ele".
Será? Você torceria por um "sujeito" assim? Por quê?
Esse será também assunto da nossa discussão amanhã, dia 24 de novembro de 2009, no AIAIÁ CLUBE DO LIVRO!!!!!
Para complementar essa leitura, há também uma outra edição, que é apenas uma tradução do francês... "As aventuras de Renart, o Raposo", de Brigitte Coppin, publicada pela Cia. das Letras. A tradução é de Heloisa Jahn.


O outro que estamos lendo, é o poema de Goethe, adaptado por Tatiana Belinky.

Este outro, traduzido do francês, é uma seleção da autora de 13 episódios do "Roman de Renart", que é um conjunto de narrativas medievais, que circulou na França entre os séculos XII e XIII, muito populares, geralmente contadas em praças, castelos. É uma obra anônima e pertencente à tradição oral. Mas há nela também uma grande violência e brutalidade, que à primeira vista pode espantar, mas que caracteriza bem essas histórias de animais, tão famosas na Idade Média.

São os animais os personagens destas histórias, portanto estamos no território da fábula. Os animais são nosso velhos conhecidos: o raposo, o lobo, o gato, o urso, o galo, o leão... E neles podemos encontrar comportamentos muito parecidos com os dos homens. As características que acabaram ficando como principais de cada um desses animais, tem muito a ver com esse ciclo de histórias.

Algumas imagens antigas para o "Romance da Raposa" (imagens de mais ou menos 1300)



(Jacquemart Gielée: ''Renart le nouvel'' Handschrift, um 1290/1300 BNF, Paris, Ms fr. 1581f. 6v {{PD-Old}} )

domingo, 22 de novembro de 2009

O encontro sobre Robin Hood

No último dia 17, nos reunimos para comentar a leitura sobre o livro Robin Hood, escrito por Louis Rhead, tradução e apresentação de Tatiana Belinky, da Editora Paulicéia.


Algumas fotos do encontro: 







Novamente o tempo foi curto para tantos pontos a serem discutidos; o pessoal é muito interessado, culto, descontraído, além de organizado!

Procuramos seguir um roteiro para as discussões de cada obra:
  1. Situar historicamente;
  2. Comentar aspectos físicos do objeto livro;
  3. Fazer uma sinopse do livro;
  4. Comentar fatores da narrativa;
  5. Apontar diferenças, trazer releituras;
  6. Fazer depoimento pessoal: impacto, coisas desconhecidas até então, etc.
Particularmente, li outro livro, o Robin que conhecia dos tempos de menina era um herói; o novo Robin mais parece um homem com síndrome de Peter Pan.

O preconceito, a injustiça, o desapego à matéria, ficam muito claros nessa obra; quem ainda não leu, eu recomendo.

Nosso próximo encontro será na próxima terça feira, dia 24 de novembro, das 15h às 17h.

A obra que estamos lendo e discutiremos é Raineke-Raposo, de Goethe, recontado por Tatiana Belinky e Ilustrado por Odilon
Moraes, da Editora Companhia das Letrinhas.

Espero que a discussão seja tão empolgante quanto à da semana passada.





Até terça-feira e um beijo no coração de cada um de vocês!

Muita Paz e muita Luz para todos.
Judith Riboni.